Luanda – Três mil e 529 vítimas de acidentes de minas beneficiaram, no primeiro semestre do corrente ano, em Angola, de tratamento em fisioterapia, no quadro da intervenção do Estado, revelou hoje, terça-feira, a Agência Nacional de Acção Contra Minas (ANAM).
Segundo uma nota dos Serviços de Comunicação Institucional e Imprensa da Missão Permanente de Angola junto das Nações Unidas e outras Organizações Internacionais, em Genebra, a que a ANGOP teve acesso, o relatório da ANAM sobre as vítimas de minas foi apresentado hoje.
Outras 20 vítimas de acidentes de minas receberam canadianas e 12 beneficiaram de próteses, segundo o relatório da Agência Nacional de Acção contra Minas (ANAM).
Por outro lado, 64 mulheres tiveram formação sobre empreendedorismo, outras 30 famílias receberam cestas básicas e bens de primeira necessidade, enquanto 900 crianças e jovens tiveram ensino e aprendizagem gratuita nas províncias de Luanda e do Huambo.
A ANAM destacou que o esforço desenvolvido visou garantir e assegurar a inclusão socioeconómica nos domínios da educação e desenvolvimento de habilidades, inclusão social, emprego e protecção social virada às vítimas e suas famílias a nível nacional, principalmente nas zonas rurais e remotas.
A agência informou que no primeiro semestre do corrente ano, o país registou oito acidentes com minas pessoais que causaram 18 feridos e cinco mortos.
A ANAM realçou que o actual contexto do país tem como desafios a compreensão da real situação de todas as vítimas e seus familiares a nível nacional, a elaboração do plano de acção nacional de assistência às vítimas de minas e sua efectiva implementação.
A instituição engaja todos os parceiros em prol de uma assistência às vítimas de forma sustentada.
Para fazer face aos actuais desafios, a ANAM conta com diversos parceiros institucionais, entre públicos e privados, com os quais realiza encontros regulares de coordenação nos diversos domínios, garantindo que as necessidades e os direitos das vítimas sejam efectivamente tidos em conta.
“A assistência às vítimas tem sido integrada nas políticas e planos nacionais relacionados à saúde, direitos humanos, educação, deficiência, género e diversidade, trabalho, redução da pobreza e protecção social”, refere.
O Executivo aumentou os serviços de inclusão económica, empreendedorismo e melhoria de políticas de segurança social, bem como aumentou o acesso aos serviços públicos e participação social.
O documento foi apresentado no primeiro dia de trabalho das reuniões, que decorrem de 17 a 20 de Junho, no Centro Internacional de Conferências de Genebra (CICG), com a participação de centenas de delegados representando Estados e organizações internacionais e não governamentais, que trabalham por um mundo livre de minas anti-pessoal.
A delegação angolana é composta pelo director-geral da ANAM, Leonardo Sapalo, pela representante permanente de Angola junto da ONU em Genebra, Ana Maria de Oliveira, entre outros.
ANGOP