Malária mata mil e 267 pessoas no Bié em 2024

Cuito – Mil e 267 mortes por malária foram registadas nas unidades hospitalares da província do Bié, em 2024, mais 200 em comparação com o ano anterior.

Os dados foram revelados hoje, segunda-feira, pelo chefe de Departamento de Saúde e Vigilância Epidemiológica, Isaías Cambissa, quando apresentava à imprensa o balanço do sector referente a 2024.

O responsável informou que as mortes resultaram de um total de um milhão 24 mil e 481 casos registados no ano em referência, contra os 981 mil e 190 de 2023.

Apontou os municípios do Cuito, Andulo e Camacupa como os que mais casos de mortes e doentes registaram.

No geral, considerou preocupante a situação epidemiológica da malária na província, por ser a causa de mais de 50 por cento de casos de óbitos na região.

Casos de tuberculose aumentam

Quanto ainda ao balanço, Isaías Cambissa informou o registo, ao longo do ano passado, de quatro mil e 187 casos de tuberculose, mais 187 em comparação ao homólogo passado.

Destes, adiantou que 125 terminaram em óbitos, com um aumento significativo de 67, em relação ao período anterior.

HIV/Sida com mais de dois mil novos casos

De acordo com o responsável, o ano de 2024 foi também marcado com o diagnóstico de dois mil e 521 novos casos de VIH/sida, dois mil 678 de 2023.

Destes, 679 são mulheres e 145 crianças.

Reforço das acções

Isaías Cambissa fez saber que as acções de combate contra essas doenças conheceram um reforço substancial, do projecto de subvenção do Fundo Global.

A nível da província do Bié, a terceira a ser contemplada pelo Fundo Global, depois de Benguela e Cuanza Sul, informou que o projecto irá prestar apoio institucional para a capacitação dos técnicos, sobretudo enfermeiros e médicos.

“É um grande ganho e nós estamos em crer que este ano vamos conseguir melhorar os indicadores nesses grandes programas”, preconizou Isaías Cambissa, acrescentando que o mesmo será implementado, numa primeira fase, até 2027.

ANGOP

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