A informalidade ocupa mais de 60% da economia angolana. A venda ambulante há muito que é condenada pelas autoridades, mas tem sido agravada pela crise económica e financeira que Angola vive, como última forma de sustento para milhares de famílias.
Segundo o então ministro do Comércio, Joffre Van-Dúnem Júnior, o regulamento sobre o comércio ambulante aprovado pelo Governo vai formalizar o comércio.
“Foi já aprovado pelo Conselho de Ministros o Regulamento do Comércio Ambulante. Estão já catalogados e identificados os locais para se poder exercer a atividade, depois de uma análise com as autoridades provinciais”, afirmou.
Joffre Van-Dúnem Júnior admitiu que um dos objectivos da medida é apoiar as condições para “trazer o mercado informal para o formal”. O Regulamento, adiantou o governante, também especifica quais os produtos que não são passíveis de serem comercializados no comércio ambulante, como combustíveis e medicamentos, entre outros.
Cunha até para Zungar dentro da lei.
Nem o PREI (Programa de Reconversão da Economia Informal), lançado em Novembro, de 2021 pelo governo, atenuou a desigualdade. “É um programa que “beneficia sempre os mesmos, os que já tem financiamento”, revela José António Kassoma, presidente da Associação de Vendedores Ambulantes de Luanda, que representa 36 mil vendedores ambulantes e feirantes em sete províncias angolanas.
Para Jose Kassoma os programas são mal geridos pelos administradores municipais que, “na hora de escolher os beneficiários, vão buscar o primo, o sobrinho, o do partido”, e o dinheiro “nunca chega aos que são mais vulneráveis”.
A verdade é que no caso do mercado ambulante vale a mesma regra para qualquer outra coisa que dependa do governo.
Ou você é amigo do rei e/ou seus próximos ou estará com a vida complicada.
Ou você é um militante ou um simples “militonto” e aí sabemos a consequência. Estás lixado ou lixada.