Mina angolana do Lulo tem exploração bloqueada por líderes comunitários

Redação, (Lusa) – A exploração da mina do Lulo, na província angolana da Lunda Norte, foi interrompida devido a um protesto de líderes locais, anunciou hoje a empresa australiana Lucapa Diamond Company.

Segundo um comunicado da Lucapa, que gere a mina angolana do Lulo com a Endiama e a Rosas e Pétalas, os “sobas” (autoridades tradicionais locais) bloquearam todas as entradas da mina, impedindo a exploração mineira.

“O bloqueio é atualmente pacífico, no entanto, está a impedir os trabalhadores da mina de entrar ou sair do local”, refere a empresa, sublinhando que a prioridade “continua a ser a segurança e o bem-estar dos seus colaboradores”.

O bloqueio interrompeu as atividades de mineração aluvial e de recolha de amostras de kimberlitos no Lulo, uma das minas mais famosas de Angola e onde foram produzidos alguns dos diamantes mais valiosos.

“Estão a decorrer conversações entre os líderes da comunidade e uma delegação governamental que inclui representantes do governador provincial para acabar pacificamente com o bloqueio, mas não se registaram quaisquer progressos”, refere-se no comunicado da Lucapa.

A companhia adianta que o processamento do minério armazenado prossegue, embora tenha havido algum tempo de paragem na unidade de processamento porque os trabalhadores que vivem fora da mina não puderam entrar.

No entanto, “existe o risco de o bloqueio poder afetar os resultados de produção do primeiro trimestre de 2025 do Lulo se não for resolvido em breve”, uma vez que o cascalho armazenado, ou seja, o material de onde são extraídos os diamantes, está a acabar.

A Lucapa salienta que “os líderes comunitários fizeram uma série de exigências não razoáveis à Sociedade Mineira do Lulo”, entidade que explora a mina, considerando que as questões que o grupo reivindica são da responsabilidade das autoridades locais.

A empresa realça que tem apoiado consistentemente a comunidade local e cumprido as suas responsabilidades sociais e argumenta que “estas novas exigências não são razoáveis e são inesperadas”.

RCR // VM

Lusa/Fim

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