GENEBRA (Reuters) – O número de desaparecidos na guerra entre Ucrânia e Rússia dobrou para 50.000 no último ano, disse o Comitê Internacional da Cruz Vermelha na quinta-feira.
“No ano passado, o número de desaparecidos que o CICV documentou foi de 23.000. Um ano depois, esse número mais do que dobrou. O CICV documentou cerca de 50.000 casos de pessoas desaparecidas”, afirmou Dusan Vujasanin, chefe do Escritório da Agência Central de Rastreamento do CICV para o conflito, a repórteres em Genebra.
Cerca de 90% dos desaparecidos são militares e mulheres, acrescentou.
Desde março de 2022, no início da guerra, o CICV coordena uma busca por pessoas desaparecidas por meio do seu Escritório Central de Rastreamento, onde a Rússia e a Ucrânia compartilham informações com a organização internacional.
A organização atribuiu o “aumento exponencial” de pessoas desaparecidas relatadas — de uma média de 1.000 para 5.000 por mês — a um conflito cada vez mais intenso e mecanismos de denúncia aprimorados, como documentação online para famílias.
O CICV divulgou pela primeira vez que recebeu 16.000 notificações da Ucrânia e da Rússia sobre pessoas desaparecidas mantidas por cada lado desde 2022.
O presidente dos EUA, Donald Trump, prometeu um fim rápido para a guerra na Ucrânia. Trump, que assumiu o cargo em 20 de janeiro, discutiu separadamente a guerra na quarta-feira com o presidente russo Vladimir Putin e o presidente ucraniano Volodymyr Zelenskiy e disse às autoridades norte-americanas para iniciarem negociações para encerrar o conflito de quase três anos.
(Reportagem de Olivia Le Poidevin)