Macau, China, 03 jun 2025 – A região chinesa de Macau empregava no final de abril quase 183.600 trabalhadores migrantes, um aumento de quase 31.700 desde o fim da política ‘zero covid’, em janeiro de 2023, foi hoje anunciado.
Segundo dados do Corpo de Polícia de Segurança Pública, divulgados pela Direção dos Serviços para os Assuntos Laborais, o território semiautónomo tinha 183.568 trabalhadores sem estatuto de residente.
Este número representa um aumento de 20,9% desde janeiro de 2023, quando acabou o fim da política ‘zero covid’, que esteve em vigor durante quase mais de três anos.
Nesse mês, os trabalhadores migrantes em Macau, incluindo aqueles vindos da China continental, eram menos de 152 mil, o número mais baixo desde abril de 2014.
Macau, que à semelhança da China seguia a política ‘zero covid’, reabriu as fronteiras a todos os estrangeiros, incluindo trabalhadores não residentes, a partir de 08 de janeiro de 2023, depois de quase três anos de rigorosas restrições.
O setor da hotelaria e da restauração foi o que mais contratou desde janeiro de 2023, ganhando 17.424 trabalhadores não residentes, seguido dos empregados domésticos (mais 4.780) e dos casinos (mais 2.895).
A área da hotelaria e restauração tinha sido precisamente a mais atingida pela perda de mão-de-obra durante a pandemia, tendo despedido mais de 17.600 funcionários não residentes desde dezembro de 2019.
Macau acolheu, nos primeiros quatro meses de 2025, 13 milhões de visitantes, mais 12,9% do que no mesmo período de 2024 e o segundo valor mais elevado de sempre para um arranque de ano.
A crise económica criada pela pandemia levou a taxa de desemprego a atingir 4% no terceiro trimestre de 2022, o valor mais alto desde 2006.
Apesar da subida do número de trabalhadores não residentes, a taxa de desemprego manteve-se em 1,9% no período entre fevereiro e abril.
A economia de Macau encolheu 1,3% entre janeiro e março, sobretudo devido à “alteração do padrão de consumo dos visitantes”, segundo a Direção dos Serviços de Estatísticas e Censos.
Foi a primeira vez que o Produto Interno Bruto do território encolheu, em termos homólogos, desde o final de 2022, quando a região começou a levantar as restrições devido à pandemia de covid-19.
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