País deu passos “gigantescos” rumo à reconciliação

Luanda – O secretário-geral do Conselho das Igrejas Cristãs em Angola (CICA), Vladimir Agostinho, afirmou, recentemente, em Luanda, que o país deu passos “gigantescos” rumo à reconciliação efectiva.

Em declarações à ANGOP, a propósito do 23º aniversário do Dia da Paz, assinalado a 4 de Abril, o religioso disse que apesar das diferenças ideológicas é notório o diálogo e a coabitação em ambientes religiosos, político e social que foram essenciais para prosseguir com reconciliação.

Segundo Vladimir Agostinho, a igreja reitera o apelo de que se deve discutir o país, mas com ética, respeito e tolerância, para que não se perca o foco daquilo que é a missão, frisando que a reconciliação é um processo onde todos devem participar e trabalhar para se efectivar.

Na sua visão, a construção do país não se faz com lutas, vandalização de bens públicos, violência, manifestações agressivas, mas, pelo contrário, faz-se com amor, paz e diálogo em direcção à reconciliação de todos os filhos do país.

Relativamente aos ganhos assinaláveis nestes anos de paz, disse que além do calar das armas, Angola regista avanços significativos no sector da educação, saúde, livre circulação de pessoas e bens, comunicação social, entre outros, embora seja necessário trabalhar-se afincadamente na humanização dos serviços médicos e medicamentoso.

De igual modo, prosseguiu, deve-se melhorar o acesso e distribuição das residências nos projectos direccionados à juventude, desenvolvendo um trabalho árduo para identificar de facto quem é jovem e quem deve ter acesso as mesmas.

Para o entrevistado, é fundamental olhar-se para os ganhos alcançados com “muito sacrifício” e trabalhar para a sua manutenção, de forma que os jovens e as gerações vindouras sintam-se orgulhosos, olhando para os mais velhos como uma geração que soube preservar a paz, valorizar e transmitir o legado.

Recordou que as três décadas de guerra civil custou muitas vidas, o país foi destruído e irmãos se tornaram desavindos.

Por isso, Vladimir Agostinho apelou para a prática do amor e do perdão, “esquecendo as cores partidárias e as convicções ideológicas, pois faz parte da caminhada rumo a um país que precisa ser respeitado e reconstituído por todos”.

O religioso reiterou que a igreja continua a ser um parceiro estratégico do Estado, levando a mensagem de amor, unidade, coesão e pacificação dos espíritos.
ANGOP

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