País prevê colher mais de oito mil toneladas de café este ano

Ndalatando – Angola prevê colher, este ano, mais de oito mil toneladas de café comercial, duas mil toneladas mais em relação a 2023, informou o director-geral do Instituto Nacional do Café (INCA), Vasco Gonçalves.

Vasco Gonçalves fez este pronunciamento à imprensa sexta-feira, em Ndalatando, no quadro da visita à província, justificando que o aumento da colheita de café resulta da maior aposta dos camponeses e empresas na produção desta commodity.

Actualmente, enfatizou, uma tonelada deste produto comercial está quotado entre dois a três milhões de kwanzas, no mercado nacional.

Disse ser notório o aumento do interesse dos produtores na aquisição de mudas de café para replantar, devido aos incentivos do governo aos produtores envolvidos na revitalização das culturas de alto rendimento, como o café, cacau, palmeira de dendém, e agora o caju.

“Tivemos um passado em que se cortava para plantar, em substituição, feijão, mandioca, mas hoje, pelo contrário, já não é o mesmo cenário”, sublinhou.

Para fazer face a esta nova realidade, o governo está a desenvolver um projecto de melhoria do desempenho e crescimento da cadeia do valor do café denominado “Mukafé”.

O projecto com capacidade para a produção de 10 milhões/ano de mudas robusta e cazengo visa apoiar o relançamento desta cultura.

A província do Cuanza Norte vai beneficiar, este ano, de um milhão de mudas para apoiar a renovação dos cafezais.

Segundo o responsável, a província do Cuanza Norte consta, a par do Uíge e Cuanza-Sul, entre as três maiores produtoras de café comercial no país.

Por sua vez, o representante da empresa Incatema Manuel Torres, referiu que o projecto “Mukafé” vai apoiar toda a cadeia de valor do café, sobretudo, na produção e comercialização.

Quinta-feira, o director do INCA reuniu-se o governador do Cuanza Norte, João Diogo Gaspar, onde apresentou o responsável da empresa Incatema, que vai prestar assistência técnica aos cafeicultores locais.

No encontro, João Diogo Gaspar, reiterou a aposta na revitalização das culturas de café e cacau na província.

ANGOP

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