Luanda – O ministro das Telecomunicações, Tecnologia de Informação e Comunicação Social, Mário Oliveira, considerou, esta terça-feira, em Luanda, a Comunicação Social um dos pilares fundamentais na construção de uma sociedade mais justa, inclusiva e próspera.
Ao intervir na abertura do seminário que abordou os desafios da comunicação social e digital e o impacto das novas tecnologias, o governante realçou que essa área democratiza o acesso à informação, fortalecendo a participação dos cidadãos na vida do país.
Conforme o ministro, o ano de 2025 é um marco que convida a todos a reflectir sobre as conquistas de Angola, os desafios superados e, principalmente, as oportunidades que se abrem com vista ao desenvolvimento socioeconómico do país.
Neste contexto, Mário Oliveira frisou que a comunicação social figura-se como uma mudança de paradigma que redefine as relações entre os cidadãos, o Estado e a sociedade nos seus variados aspectos.
“Na sua essência, ela deve ser um canal de diálogo aberto, onde cada voz tem oportunidade de ser ouvida e considerada e cujos resultados deverão contribuir para uma sociedade plural, assertiva e onde os princípios fundamentais da convivência social e respeito pelos valores da cidadania devem estar sempre presentes”, referiu.
Para o ministro Mário Oliveira, o Executivo deve abraçar a realidade tecnológica e utilizá-la como uma ferramenta para empoderar os cidadãos, contribuindo assim para o fortalecimento da democracia.
“Precisamos de uma comunicação que, não apenas, informe, mas que também eduque, inspire e una a nossa sociedade e que enalteça os nossos valores da cidadania.
No entanto, é crucial que esta transformação não ocorra de forma aleatória”, defendeu.
Em relação ao seminário, o responsável fez referência de que as matérias abordadas levarão os participantes a reflexão, trazendo à luz a importância da mídia num mundo em constante transformação, cujas experiências partilhadas e a visão sobre o futuro da comunicação social serão de inestimável valor.
Uma abordagem, igualmente, de relevante importância, prosseguiu, que foi objecto de discussão no evento, consiste nos desafios específicos que Angola enfrenta na comunicação institucional.
Nesta conformidade, considerou fundamental a abordagem dos desafios da comunicação, tendo como base o reconhecimento da diversidade da nação e a pluralidade de vozes que a acompanham.
Realçou ainda os trabalhos levados a cabo pelo sector que dirige na implementação de políticas públicas que promovam uma comunicação mais inclusiva e acessível.
“Acreditarmos na máxima, segundo a qual, a comunicação não deve ser um privilégio de alguns, mas sim um direito de todos, conforme consagrado na nossa Constituição”.
Para tal, recomendou o ministro, é preciso um ecossistema comunicacional que promova a liberdade de expressão, a diversidade de opiniões e a transparência nas informações e que respeita as regras deontológicas e de convivência social.
Pediu investimento na formação de técnicos, assim como apelou ao investimento na formação de técnicos e especialistas na área, criando um ambiente onde a comunicação estratégica seja uma prioridade.
Considera ser uma responsabilidade colectiva que deve ser abraçada por todos, pois a qualidade da comunicação que se oferece à sociedade impactará directamente no no desenvolvimento social e económico.
Realça ainda ser dever dos decisores dos órgãos e instituições garantir que a comunicação seja tratada como uma questão estratégica, com profissionais capacitados e bem preparados para actuar no actual e futuros cenários.
“A comunicação deve ser uma arte e uma ciência e precisamos de pessoas que entendam suas nuances, daí a razão da capacitação regular dos nossos profissionais à que nos comprometemos fazer”, finalizou.
O seminário, uma iniciativa do Centro de Formação de Jornalistas (CEFOJOR), em parceria com a Rádio e Televisão de Portugal (RTP), enquadra-se na celebração dos 50 anos da independência nacional e com vista a promover a reflexão acerca da gestão de empresas de comunicação social no contexto contemporâneo, bem como dos desafios da comunicação institucional.
O evento, que faz parte de uma agenda de três dias (11, 13 e 14) do mês corrente, contou, hoje, primeiro dia, com mais de 100 participantes, com realce para as ministras do Ambiente, Ana Paula de Carvalho, e da Administração Pública, Trabalho e Segurança Social, Teresa Dias.
Teve como oradores Nicolau Santos, Presidente do Conselho de Administração da RTP, e Paula Simons, que dissertaram os temas “A Comunicação Social e a Revolução Digital” e “Angola e os Desafios da Comunicação Institucional”.
Para os outros dois dias, estão reservados um seminário com o tema “Os Desafios Actuais e Futuros da Gestão de Empresas de Comunicação Social” e uma mesa-redonda com o tema “Empresas de Comunicação Social: Reflexão sobre o Modelo de Financiamento”.
ANGOP