Cacuaco – A parceria entre instituições públicas e privadas, no domínio da habitação, concorre para materializar o sonho da casa própria e condigna para os angolanos, particularmente os jovens, afirmou neste sábado, em Luanda, o chefe do Departamento de Gestão Fundiária e Habitação do Ministério das Obras Públicas, Urbanismo e Habitação, Torres Bunga.
O responsável falava no final de uma visita do secretário de Estado para Habitação, Manuel da Costa André, ao projecto habitacional “Onzo Yami – A Minha Casa, O Meu Lar”, que está a ser construído no distrito urbano do Sequele, numa iniciativa das Organizações Ribeirinho.
Segundo o responsável, a parceria público-privada permite resolver, de forma paulatina, a questão da casa própria para os jovens.
“O Estado está a dar oportunidade de legalização dos terrenos, para que as empresas possam desenvolver os seus investimentos”, explicou o chefe do departamento.
Na sua óptica, este é o caminho que o Executivo defende na resolução do problema da habitação para a juventude.
Por isso, apelou ao empresariado à aderir projectos desse gênero, porquanto o país precisa.
O responsável augurou que empresas do gênero apareçam com às condições todas necessárias para fazer e levar avante esse investimento no sector habitacional.
Na ocasião, o presidente do conselho de administração do Grupo Ribeirinho, Hernani José Ribeiro, mostrou-se confiante e com capacidade para ajudar o país a resolver o déficit habitacional, tendo em conta a procura actual.
“O facto de existir um ambiente favorável que se começa a verificar no sector bancário, com o crédito à habitação, e a política do Estado para o sector habitacional, atribui-nos cada vez mais responsabilidade e comprometimento”, enfatizou.
Por outro lado, revelou que estão a trabalhar com o Ministério do Urbanismo e Habitação para resolver a questão da exploração de inertes que se verifica no espaço para a construção do projecto habitacional.
Realçou que a exploração de inertes está a criar ravinas nesta área, cuja progressão pode causar graves problemas ao projecto habitacional em curso e a Centralidade do Sequele, tendo em conta a sua proximidade.
Por isso, defendeu a suspensão desta actividade mineira na circunscrição, por colocar em causa a futura urbanização e a centralidade do Sequele, assim pelo impacto negativo ao ambiente.
Questionado sobre a exploração de inertes na zona, o administrador do Distrito Urbano do Sequele, Francisco Tchipilica, disse que trabalham no sentido de colocarem cobro nesta situação.
“Durante algum tempo, trabalhamos com os exploradores desta zona, no sentido da reposição dos solos retirados. Por incumprimento desta orientação, procedeu-se ao encerramento por um período”, explicou o administrador.
Salientou, entretanto, que a entidade que regula essa actividade voltou a licenciar os exploradores de inertes, pelo que os trabalhos retomaram.
Frisou que trabalham com a empresa Ribeirinho para o término da actividade de exploração de inertes no terreno do grupo, destinado a construção de uma urbanização.
Lançado em 2023, o projecto contempla cinco mil habitações. Numa primeira fase, estão a ser edificadas 300 residências.
ANGOP