NOVA IORQUE (Reuters) – Os preços do petróleo pouco se alteraram nesta terça-feira, devido às incertezas nas negociações entre Estados Unidos e Irã e nas conversas de paz entre Rússia e Ucrânia, enquanto novos dados mostraram uma perspectiva cautelosa para a economia da China, maior importadora de óleo bruto, o que causou leve queda no produto.
O petróleo Brent tem queda de 16 centavos, ou 0,2%, para US$65,38 o barril, enquanto o petróleo bruto West Texas Intermediate (WTI) dos EUA cedeu 13 centavos, ou 0,2%, para US$62,56 o barril.
O líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, disse que as exigências dos EUA para que Teerã pare de enriquecer urânio são “excessivas e ultrajantes”, expressando dúvidas sobre o sucesso das negociações sobre um novo acordo nuclear.
Um acordo permitiria ao Irã aumentar as exportações de petróleo em 300.000 a 400.000 barris por dia se as sanções fossem aliviadas, disse o analista da StoneX, Alex Hodes.
O Irã foi o terceiro maior produtor de petróleo bruto da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) em 2024, atrás da Arábia Saudita e do Iraque, de acordo com dados dos EUA.
A União Europeia e o Reino Unido anunciaram novas sanções contra a Rússia sem esperar que os EUA se juntassem a elas. Os anuncios ocorreram um dia depois de o presidente norte-americano, Donald Trump, ter conversado com o presidente russo, Vladimir Putin, sem obter uma promessa de cessar-fogo na Ucrânia.
A Ucrânia quer que as economias avançadas do Grupo dos Sete (G7) reduzam o teto de preço do petróleo russo transportado por via marítima para US$30 por barril. O teto atual do G7, imposto devido à guerra da Rússia na Ucrânia, é de US$60.
Um acordo para pôr fim à guerra entre a Rússia e a Ucrânia poderia permitir que Moscou exportasse mais petróleo para o mundo. A Rússia é membro do grupo de países Opep+, que inclui a Opep e outros produtores.
A Rússia foi o segundo maior produtor de petróleo bruto do mundo em 2024, atrás dos EUA, de acordo com dados norte-americanos.
Na China, dados mostrando desaceleração no crescimento da produção industrial e das vendas no varejo aumentaram a pressão sobre os preços do petróleo, com analistas esperando uma desaceleração na demanda por combustível do maior importador de petróleo do mundo.
(Reportagem de Scott DiSavino, Trixie Yap e Laila Kearney)
Por Scott DiSavino
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