Polícia angolana deteve homem que ameaçou queimar embaixadas francesa e dos EUA

Luanda, (Lusa) – Polícia angolana (SIC) anunciou hoje que deteve um homem que divulgou um vídeo nas redes sociais, no qual ameaçava queimar as embaixadas norte-americana e francesa em Luanda.

Segundo a polícia angolana, o cidadão de 37 anos foi detido por produzir e disseminar nas redes sociais um vídeo onde “incitava os cidadãos angolanos” a cometer “atos de subversão à ordem pública” e ameaçava queimar as embaixadas norte-americana e francesa em Luanda.

A detenção decorre da ação de acompanhamento e monitorização das redes sociais através da qual foi possível identificar e deter o autor do vídeo, no município de Belas, bairro dos Ramiros, em Luanda.

O vídeo, que se tornou viral nas redes sociais em Angola, exorta os angolanos a unirem-se em prol de África e em apoio ao Presidente do Burkina Faso, Ibrahim Traoré, e acusa o Governo angolano de apoiar uma suposta pretensão de os EUA assassinarem Traoré.

Para o autor do vídeo, o assassínio do Presidente de transição do Burkina Faso deveria dar azo a ataques às embaixadas dos Estados Unidos (EUA) e de França em Luanda.

“Estamos a ouvir que o MPLA [partido no poder] e o [Presidente da República] João Lourenço estão a apoiar [Donald] Trump para assassinar o [Ibrahim] Traore, nós aqui em Angola vamos atacar a embaixada francesa, partir e queimar, e vamos pegar a embaixada americana queimar e destruir tudo porque não vamos admitir que o ocidente mate um africano que quer libertar África, que é nossa”, afirmou.

“Precisamos de nos unir todos nós, africanos, para libertar África, não podemos admitir que os EUA matem o [Ibrahim] Traoré do jeito que mataram [Muammar] Kadhafi [antigo Presidente da Líbia]”, escreveu o ativista, incentivando à “resistência”.

A polícia de investigação criminal de Angola recomendou que os cidadãos façam “uso correto das redes sociais, para que não se transformem em palco de disseminação de mensagens de ódio, de instigação à violência, de apologia ao crime e de outras maneiras de subversão da ordem instituída”.

O órgão assegura ainda que “vai continuar implacável” no combate a todas as práticas que alterem a ordem e tranquilidade pública, referindo que o cidadão detido será presente ao Ministério Público.

DAS // JMC

Lusa/Fim

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