Maputo, (Lusa) – O Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, apelou hoje à “prudência” na estrada e ao “respeito às regras de trânsito”, na sequência de um novo grave acidente de trânsito no país, que na sexta-feira provocou 15 mortos, na província de Inhambane.
“Diante desta tragédia queremos reforçar a necessidade de prudência e respeito às regras de trânsito. Apelamos a todos os condutores que ajudem a prevenir tragédias tão devastadoras como esta que se sucedeu em Morrumbene”, escreveu o chefe de Estado, numa mensagem publicada na sua conta oficial na rede social Facebook em que se solidariza, também, com as famílias das vítimas.
Pelo menos 15 pessoas morreram e outras cinco ficaram feridas com gravidade num acidente de viação ocorrido na Estrada Nacional 1, no distrito de Morrumbene, província de Inhambane, sul do país, segundo fonte da Polícia da República de Moçambique (PRM).
“O sinistro deu-se por volta das 08:00 [06:00 em Lisboa], resultando em 14 óbitos [número atualizado hoje para 15 vítimas mortais] e seis feridos e danos materiais avultados”, disse à Lusa, na sexta-feira, Nércia Bata, chefe das relações públicas da PRM no Comando Provincial de Inhambane.
Segundo a porta-voz, o sinistro, que envolveu uma viatura de transporte semicoletivo de passageiros e um camião de carga, “foi causado pela velocidade excessiva, associada a falha pneumática”.
“O transporte de passageiros seguia no sentido norte-sul, quando um dos pneus rebentou e o motorista perdeu o controlo da viatura”, concluiu.
O número de óbitos em acidentes de viação em Moçambique caiu 5% no primeiro semestre, face ao mesmo período de 2023, mas ainda há, em média, dois mortos por dia nas estradas moçambicanas, indicam dados oficiais.
De acordo com um relatório do Ministério dos Transportes e Comunicações, registaram-se 310 acidentes de viação nos primeiros seis meses do ano, contra 357 no mesmo período do ano passado, uma redução de 13%.
Estes acidentes causaram 366 mortos contra 387 em 2023 (-5%), e 271 feridos graves, menos 8% em termos homólogos.
Nos primeiros seis meses deste ano, as estradas da província de Inhambane e Gaza (sul) foram as mais mortíferas, com 55 e 46 mortos, respetivamente, seguidas de Nampula (45), no norte, e da cidade de Maputo (43).
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