Lobito – O administrador municipal da Baía Farta (Benguela), Evaristo Calopa Mário, elencou a produção de sal como um grande ganho para o desenvolvimento da circunscrição.
Falando à imprensa, sexta-feira, por ocasião dos 59 anos da circunscrição, Calopa Mário adiantou que o sal está com uma perspectiva de abranger 16 mil hectares e uma produção acima de 250 mil toneladas por ano.
“Com o alargamento da produção de sal, teremos produtos complementares como a salga do peixe, garantir a indústria transformadora da farinha de peixe e óleo, e com isso alargar a nossa base tributária”, afirmou.
Ainda sobre este aspecto, o administrador apontou o alargamento da oferta de postos de trabalho e uma integração com o turismo.
“Vemos na produção do sal, uma oportunidade dos empresários ligados ao Corredor do Lobito propiciarem a exportação deste produto com vista a aquisição directa de divisas para o país”, considerou.
Informou que a administração local controla sete salinas com uma produção efectiva e duas dezenas em construção.
Reconheceu, por outro lado, que a indústria pesqueira tem conhecido “momentos baixos” por causa de navios de pesca de arrastões que têm aparecido na região, além de outros fenómenos.
“Neste segmento, o Executivo está a adoptar medidas para contrariar a pesca ilegal”, afirmou.
Calopa Mário apontou outras potencialidades da Baía Farta, no domínio da produção de recursos minerais, como o cálcio e o gesso.
Referiu também a segunda fase do projecto integrado de infra-estruturas da província, para o fortalecimento da governação e melhoria dos serviços sociais básicos.
Entre as actividades programadas para a efeméride, constaram a entrega de menções honrosas a algumas entidades, kits profissionais, momento cultural e desfile de embarcações artesanais (chatas).
O município da Baía Farta, com um clima tropical húmido e semidesértico, tem uma extensão territorial de 6.744 quilómetros quadrados e três comunas, nomeadamente o Dombe Grande, Kalohanga e a Equimina.
Suas potencialidades são caracterizadas pelas indústrias pesqueira, salineira e extractiva, além da agricultura e pecuária.
A sua população actual é estimada em 136.297 habitantes, de acordo com dados da Administração local.
ANGOP