HIV e AIDS: ONU fala sobre congelamento da ajuda dos EUA

GENEBRA (Reuters) – Os cortes de financiamento dos Estados Unidos na ajuda externa estão causando uma “grande confusão”, apesar de uma isenção ter sido colocada nos programas de HIV/AIDS, disse o Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV e AIDS (UNAIDS) nesta sexta-feira.

“Há muita confusão, especialmente em nível comunitário. A entrega de medicamentos na comunidade (relacionados a HIV e AIDS), os serviços de transporte, os agentes comunitários de saúde, todos esses serviços ainda estão sendo afetados”, disse Christine Stegling, diretora executiva adjunta do UNAIDS, a repórteres em Genebra.

O presidente dos EUA, Donald Trump, suspendeu centenas de milhões de dólares em doações de ajuda externa por 90 dias, ao assumir o cargo em 20 de janeiro.

Nos dias seguintes, o Departamento de Estado dos EUA emitiu uma isenção ao Plano de Emergência do presidente para o Alívio da Aids (PEPFAR) — a principal iniciativa de HIV do mundo — para assistência humanitária que salva vidas.

Embora tenha saudado a isenção, Stegling enfatizou que a situação continua caótica.

“Na Etiópia, temos 5.000 contratos de profissionais de saúde pública financiados pela assistência dos EUA. E todos eles foram rescindidos”, disse Stegling.

As doações dos EUA representam a maior parte do financiamento do programa da ONU que opera em 70 países, liderando os esforços globais para acabar com a AIDS como uma ameaça à saúde pública até 2030.

(Reportagem de Olivia Le Poidevin)

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