Projecto Kitabanga instala sinalização de protecção das tartarugas na Hogiua

Sumbe – O Projecto Kitabanga, em parceria com Fundação Kissama, instalou, ao longo da costa marítima da Hogiua, na foz do Rio Longa, município do Porto Amboim, província do Cuanza-Sul, sinalizações náuticas, para proteger as tartarugas marinhas, soube a ANGOP, esta quarta-feira.

De acordo com uma nota, a sinalização abrangeu seis paralelos (entre os quais B1 10°13’20.26″S e 13°28’02.20″E e B6: 10°17’53.35″S e 13°31’41.19″E) com o  objectivo de proteger as áreas sensíveis, a reprodução de espécies marinhas, a nidificação de tartarugas e a conservação da biodiversidade.

Sem precisar números, indica que foram instaladas bóias para alertar a zona de restrição à actividade pesqueira, com um balizamento de 10 quilómetros de extensão de praia monitorados e um segmento de 1.500 metros perpendiculares à linha de costa.

“A pesca, em qualquer modalidade (artesanal, semi-industrial ou industrial), fica expressamente proibida dentro da área delimitada pelas bóias”, adverte o documento.

Refere que a sinalização náutica está de acordo com os padrões estabelecidos pelas autoridades marítimas, porém adverte aos armadores de que o descumprimento desta medida estará sujeito a sanções administrativas e legais, conforme as normas ambientais e marítimas.

Por esta razão, o Projecto Kitabanga pede a colaboração de todos os pescadores, comunidades locais e utilizadores da área marítima para o cumprimento da mesma norma, contribuindo assim para a preservação do ambiente e o uso consciente dos recursos naturais.

Historial do projecto

O projecto Kitabanga iniciou em 2010 na região das palmerinhas em Luanda e estende-se ao longo da costa de Angola, com uma evolução que permite obter informações sobre a bioecologia das tartarugas marinhas. Lc

No Cuanza-Sul conta com as instalações na zona costeira do Ngola Lombo, a cerca de 80 quilómetros da cidade do Porto Amboim e para a prevenção das tartarugas, tem realizado campanhas de educação ambiental.

O projecto, com uma extensão de 105 quilómetros, tem como componente a investigação, informação, preservação, educação ambiental, bem como a inclusão social dos membros da comunidade que interagem com o projecto num total de 70 tartarugueiros.

O mesmo  visa ao estudo e conservação das espécies marinhas para Angola, cuja finalidade é, por um lado, potencializar e formação de jovens com domínio em biologia da conservação, e as questões ligadas à educação ambiental.

Os seus intervenientes estão ligados à comunidade e quem abraça a parte técnica é a faculdade de ciências, faculdade do Namibe, onde contempla professores e estudantes.

Relativamente à população tartarugas em Angola, existem cinco espécies e três delas com alguma regularidade desovam na costa de Angola, onde importa referir que a espécie lipidochelys olivacea é dada como a maior população no atlântico e está em Angola.

Esta espécie tem uma média de 60 mil animais todos anos a costa angolana, mas a tartaruga gigante de couro, que Angola no passado detinha parte de algumas praias ao nível do Mundo, a sua população é alarmante, para dar um exemplo, o ano passado, foram monitoradas mais de 100 animais na costa de Angola.

(ANGOP)

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