Putin disposto a discutir pedido para cessar ataques na Ucrânia

MOSCOU (Reuters) – Putin está pronto para considerar uma proposta do presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, para interromper os ataques de ambos os lados à infraestrutura civil um do outro, disse o Kremlin nesta terça-feira.

O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, afirmou que o pedido de Zelenskiy sobre os ataques se trata de um tema complexo que o presidente Vladimir Putin está disposto a discutir. Mas ele também disse aos repórteres que não havia planos concretos no momento para conversas entre a Rússia e a Ucrânia.

Ambos os lados estão sob pressão para demonstrar progresso no sentido de acabar com a guerra na Ucrânia, que já está em seu quarto ano, depois que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ameaçou na semana passada abandonar as tentativas de fazer com que eles cheguem a um acordo.

Zelenskiy declarou na segunda-feira que a Ucrânia está pronta para qualquer forma de discussão para pôr fim aos ataques a instalações civis.

“A Ucrânia mantém sua proposta de não atacar, no mínimo, alvos civis. E estamos esperando uma resposta clara de Moscou”, disse ele. “Estamos prontos para qualquer conversa sobre como conseguir isso.”

Perguntado sobre a resposta do Kremlin, Peskov afirmou que o assunto precisa ser discutido levando-se em conta a experiência do cessar-fogo de Páscoa de 30 horas que Putin declarou no fim de semana.

Ele não especificou a conexão entre as duas questões. Cada lado acusou o outro de quebrar a trégua da Páscoa inúmeras vezes e de violar repetidamente uma moratória intermediada pelos EUA no mês passado sobre ataque a alvos de energia, como redes elétricas e refinarias de petróleo.

“Na verdade, o presidente explicou a complexidade desse tópico ontem mesmo, respondendo às perguntas dos jornalistas. Ou seja, se falamos de instalações de infraestrutura civil, precisamos diferenciar claramente em que situações essas instalações podem ser um alvo militar e em que situações não podem”, disse Peskov.

Segundo ele, Putin afirmou que uma instalação civil poderia se tornar um alvo militar se combatentes inimigos estivessem se reunindo lá. “Portanto, há nuances aqui que faz sentido discutir”, declarou Peskov.

No decorrer do conflito, civis foram mortos tanto na Ucrânia quanto na Rússia, embora muito mais no lado ucraniano.

Por Dmitry Antonov

Reuters

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