Putin e Xi condenam Israel por seus ataques ao Irã em telefonema, diz Kremlin

SÃO PETERSBURGO/PEQUIM (Reuters) – Os presidentes da Rússia, Vladimir Putin, e da China, Xi Jinping, condenaram Israel nesta quinta-feira por causa de seus ataques ao Irã e concordaram com a necessidade de uma redução da escalada, disse o Kremlin depois que os dois líderes conversaram por telefone.

Putin e Xi “condenam veementemente as ações de Israel, que violam a Carta da ONU e outras normas do direito internacional”, disse Yuri Ushakov, assessor do Kremlin, aos repórteres.

“Moscou e Pequim acreditam fundamentalmente que não há solução militar para a situação atual e para as questões relacionadas ao programa nuclear do Irã.”

“Essa solução deve ser alcançada exclusivamente por meios políticos e diplomáticos”, disse Ushakov.

Sem citar o nome dos Estados Unidos, Xi disse durante a ligação que os “principais países” com “influência especial” na região deveriam intensificar os esforços diplomáticos para esfriar a situação, de acordo com um resumo da agência de notícias oficial chinesa Xinhua.

“As partes em conflito, especialmente Israel, devem cessar o fogo o mais rápido possível para evitar um ciclo de escalada e evitar resolutamente o alastramento da guerra”, disse Xi.

Ele também pediu esforços para proteger os civis, pedindo a Israel e ao Irã que facilitem a retirada de cidadãos de outros países.

A Rússia alertou sobre uma catástrofe caso o conflito entre Israel e Irã, agora em seu sétimo dia, aumente ainda mais, e pediu aos EUA que não se juntem ao bombardeio de Israel.

Putin entrou em contato com o presidente dos EUA, Donald Trump, com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, e com o presidente iraniano, Masoud Pezeshkian, nos últimos dias, e disse repetidamente que a Rússia está pronta para mediar entre os lados em conflito.

Até o momento, ninguém aceitou a oferta da Rússia.

Nesta quinta-feira, Putin reiterou essa proposta em sua ligação telefônica com Xi, um aliado próximo.

O líder chinês expressou seu apoio à ideia, disse Ushakov, “pois acredita que ela poderia servir para diminuir a escalada da atual situação aguda” O resumo chinês não fez menção a esse apoio de Xi.

Os dois homens concordaram em manter contato próximo nos próximos dias.

Pequim há muito tempo apoia Teerã como parte dos esforços para aprofundar seu peso estratégico e econômico no Oriente Médio.

Estendendo uma linha de vida financeira ao Irã em meio às sanções dos EUA contra Teerã, a China compra até 90% das exportações de petróleo bruto do Irã, segundo analistas, em operações de transbordo na costa da Malásia.

(Reportagem de Gleb Stolyarov e Yukun Zhang)

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