Investigação científica: responsável a considera fundamental para agricultura

Luanda – O director de Estudo, Planeamento e Estatística do Ministério da Agricultura e Florestas, Anderson Jerónimo, defendeu, esta terça-feira, em Luanda, uma maior aposta na pesquisa e investigação científica, para a dinamização da agricultura comercial no país.

O responsável fez este pronunciamento sobre investigaçnao científica no workshop técnico sobre “Introdução de novas variedades de milho (zea mays) e de bio-estimulantes para leguminosas no mercado angolano”, no âmbito da pesquisa realizada pelo Projecto de Desenvolvimento da Agricultura Comercial (PDAC), o Instituto de Investigação Agronómica (IIA) e a Faculdade de Ciências Agrárias da Universidade José Eduardo dos Santos.

O director referiu que só com a investigação é possível aumentar a produção, produtividade e rentabilidade dos pequenos e médios produtores, bem como garantir a segurança alimentar no país.

Por esse facto, Anderson Jerónimo reiterou o engajamento do sector, através do PDAC, na assistência técnica e reforço institucional dos produtores, a par do desenvolvimento de projecto de pesquisa e investigação, sobretudo para culturas de amplo consumo e procura, com destaque para o milho e o feijão.

Ao apresentar os primeiros resultados alcançados com os ensaios de avaliação da adaptabilidade de novas variedades híbridas de milho, o investigador sénior do Instituto de Investigação Agronómica, Nguinamau Dibanzilwa, disse que com a variedade resultante do estudo, projecta-se uma produção de até 10 toneladas de milho por hectares no país, contra as actuais 1,5 toneladas.

A pesquisa, cujos trabalhos ainda decorrem, já foi realizada nas províncias de Malanje, Huambo, Huila e Cuanza-Sul, na campanha agrícola 2021/2022.

Por sua vez, a consultora para investigação do PDAC, Imaculada Matias fez saber que actualmente estão a ser realizadas outras pesquisas, como de produção de mudas de café, estando em curso a montagem de um centro de qualidade, onde se prevê produzir um milhão e 500 mudas por ano.

Referiu que estas pesquisas visam, essencialmente, resolver de forma realística os problemas que os produtores proponentes do PDAC demonstraram na fase de inscrição ao projecto, bem como promover a produção de sementes certificadas no país, com preços justos e competitivos.

Financiado pelo Banco Mundial (BM) e a Agência Francesa de Desenvolvimento, o PDAC é um programa do Governo angolano que está a ser implementado pelo Ministério da Agricultura e Florestas, através do Gabinete de Estudos, Planeamento e Estatística (GEPE).

A iniciativa foi criada com o objectivo de aumentar a produtividade agrícola e melhorar o acesso aos mercados para os beneficiários, localizados em todos os municípios das províncias abrangidas, nomeadamente Malanje, Cuanza-Norte, Cuanza-Sul, Huambo, Bié e Huila.

O projecto contempla as cadeias de valor do milho, feijão, soja, café, mandioca, batata-doce, batata rena, trigo, arroz, amendoim, frangos ovinos e caprinos.

ANGOP

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