Rússia critica países europeus após exigência de cessar-fogo com Ucrânia

MOSCOU (Reuters) – O Kremlin acusou neste sábado os países europeus de fazerem declarações contraditórias e conflituosas, depois que líderes da Europa apoiaram um plano dos EUA de exigência de um cessar-fogo de 30 dias na Ucrânia, ameaçando a Rússia com sanções “massivas” caso ela não cumpra o planejado.

“Ouvimos muitas declarações contraditórias da Europa. Geralmente, são de natureza confrontacional, em vez de tentar reavivar nossas relações. Nada mais”, disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, a repórteres sobre exigência de cessar-fogo na Ucrânia.

O presidente Vladimir Putin “disse repetidamente que está pronto para contatos com quaisquer líderes”, disse Peskov. “E está aberto à interação, ao diálogo com quaisquer líderes, na medida em que eles próprios estejam prontos.”

A Ucrânia e os líderes europeus concordaram neste sábado que um cessar-fogo incondicional de 30 dias deveria começar na segunda-feira, com o apoio do presidente dos EUA, Donald Trump.

“Então, todos nós aqui, junto com os EUA, estamos desafiando Putin. Se ele leva a sério a paz, então ele tem a chance de demonstrar isso”, disse o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer.

A Rússia há muito tempo diz que está aberta a negociações, acusando Kiev de fechar essa opção ao adotar um decreto de 2022 que descarta qualquer negociação com Putin.

Na sexta-feira, Peskov foi citado dizendo que a Rússia apoiava a implementação de um cessar-fogo de 30 dias, mas somente com a devida consideração de “um grande número de nuances”.

Em declarações separadas à ABC News, transmitidas neste sábado, o porta-voz russo sugeriu que a assistência militar ocidental à Ucrânia teria que ser interrompida para que um cessar-fogo pudesse acontecer. “Caso contrário, seria uma vantagem para a Ucrânia”, afirmou.

A Rússia acredita ter vantagem no campo de batalha e diz estar preocupada com a possibilidade de a Ucrânia usar uma pausa de 30 dias na guerra para descansar suas forças, mobilizar mais homens e obter mais armas ocidentais.

(Reportagem da Reuters; texto de Mark Trevelyan)

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