Se dependesse de uma estrutura mínima de instalações para receber seus alunos, as escolas em Angola seriam reprovadas. Apenas 13% (1.300) das quase 10 mil escolas públicas de Angola estão ligadas à rede pública de saneamento e tem acesso a água potável.
Sem esgoto, sem água e às escuras. Somente 18% (1.800) das quase 10 mil escolas públicas de Angola estão ligadas à rede elétrica e tem acesso à luz. Os dados são do próprio Ministério da Educação.
Escolas sem estrutura.
Outro número alarmante: Angola tem 8.700 escolas públicas sem água potável e 8.200 sem luz elétrica. A exclusão digital também é mais um apagão: 93% das escolas angolanas não tem computadores e nem sinal de internet (Unesco 2020). 60% das escolas públicas angolanas não têm sequer casa de banho.
Em média, as salas de aula no ensino primário são lotadas com 70 alunos contra 45 alunos previstos na lei de bases do sistema da educação e ensino angolano representando cerca de 36% a mais do que o previsto.
Mais de 30% das crianças angolanas não frequentam a escola – são cerca de 2 milhões de meninos e meninas em idade escolar que não tem acesso à educação hoje.
A taxa de analfabetismo em Angola é de 30% da população e sobe para cerca de 40% no caso das mulheres. Os dados são do Ministério da Educação/ CIA – The World Fact Book). Cerca de 30% dos angolanos com mais de 15 anos não sabe ler ou escrever – cerca de 4.5 milhões de pessoas.
No Índice Ibrahim de Governação Africana (IIGA) que compara índices sociais e económicos de países africanos, Angola ocupa o 51º lugar no quesito educação e é o quarto país pior classificado.
Quando se mede a igualdade na educação entre homens e mulheres a posição de Angola é ainda pior: 52° lugar, o terceiro pior índice de toda África.
Precisamos construir um país e para isso é preciso ter gente que saiba o que fazer e como fazer. Educar nossas crianças e jovens é garantir o futuro de todos. Garantir uma boa educação é um direito do cidadão e uma obrigação do governo. Acorda angola, esta na hora da escola.
