Semba contribui para união entre os angolanos

Ramiros – O músico angolano António Miguel Francisco (Calabeto) defendeu, nesta quinta-feira, em Luanda, o estilo musical semba como um factor de união que deve ser preservado e eternizado.

Segundo o também compositor, o semba contribui para manter viva a memória colectiva e cultural dos angolanos.

Em entrevista à ANGOP, a propósito do estado do semba nos últimos anos, Calabeto falou da importância da exibição de mais programas televisivos e radiofónicos que retractam a história deste estilo.

Conforme Calabeto, este estilo faz parte das raízes angolanas e, por isso, deve ser divulgado baseando-se na sua essência, por formas a preservar o mesmo.

“O semba representa a exaltação cultural e a sua base rítmica é caracterizada pelos instrumentos musicais tradicionais, como a dikanza, tumbas, guitarra, entre outros, e não deve ser confundido com outros ritmos musicais”, explicou.

Nesta senda, o músico defendeu também maior empenho dos fazedores deste estilo musical para a sua continuidade e valorização, assim como a abertura de mais espaços para interpretação.

Calabeto pediu a nova geração de músicos para trabalhar com afinco, no sentido de manter vivo um dos maiores estilos do país.

O artista fez um balanço positivo no que concerne a música em geral, em quase cinco décadas de independência.

António Miguel Manuel Francisco “Calabeto”, nascido em Luanda, a 3 de Abril de 1945, iniciou a sua actividade na Missão Evangélica, fazendo parte do coro da congregação religiosa.

O músico é autor dos sucessos Mbiza ya Kussuke, Kamba Dyami, Sumba Ló Nguingue, Tussocana Kiebi e Ngolo Yami José.

ANGOP

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