Taxa de desemprego no Brasil fica abaixo do esperado no tri até abril com recorde de carteira assinada

SÃO PAULO/RIO DE JANEIRO – A taxa de desemprego no Brasil ficou abaixo do esperado no trimestre até abril com número recorde de trabalhadores com carteira assinada no setor privado, em um mercado de trabalho que segue em patamar sólido.

Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostraram nesta quinta-feira que nos três meses até abril a taxa de desemprego no Brasil foi a 6,6%, de 6,5% nos três meses imediatamente anteriores, até janeiro.

O resultado é o mais baixo para o período na série histórica iniciada em 2012 e ficou bem abaixo da expectativa em pesquisa da Reuters de 6,9%. No mesmo período do ano anterior, a taxa de desemprego foi de 7,5%.

O mercado de trabalho no Brasil deve seguir robusto neste ano, de acordo com analistas, mas apresentando deterioração gradual em conjunto com a perda de força esperada da economia.

Se por um lado o mercado de trabalho aquecido, com taxa de desemprego em patamares historicamente baixos e aumento da renda, ajuda a estimular a atividade econômica, por outro dificulta o controle da inflação, especialmente a de serviços.

O Banco Central já elevou a taxa básica de juros Selic para 14,75%, buscando o controle da inflação.

Nos três meses até abril, o número de desempregados no Brasil aumentou 1,0% sobre o trimestre imediatamente anterior, chegando a 7,273 milhões de pessoas, o que representa ainda uma queda de 11,5% em relação ao mesmo período do ano anterior.

Já o total de ocupados aumentou 0,3% sobre o trimestre até janeiro e 2,4% na comparação anual, atingindo 103,257 milhões.

Os trabalhadores com carteira assinada no setor privado cresceram 0,8% nos três meses até abril sobre o trimestre anterior e chegaram a um total de 39,648 milhões, um recorde, segundo o IBGE.

Os que não tinham carteira recuaram 1,6% na comparação trimestral, chegando a 13,660 milhões.

“O mercado de trabalho apresentando níveis mais baixos de subutilização da população em idade de trabalhar, como vem acontecendo, naturalmente impulsiona as contratações formalizadas, uma vez que a mão de obra mais qualificada exige melhores condições de trabalho”, disse William Kratochwill, analista da pesquisa no IBGE.

No período, o rendimento real habitual de todos os trabalhos chegou a R$3.426 no trimestre de fevereiro a abril de 2025, apresentando avanços de 0,4% sobre os três meses imediatamente anteriores e de 3,2% na comparação anual.

(Por Camila Moreira e Rodrigo Viga Gaier (Reuters)

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