Luanda – O ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, Diamantino de Azevedo, considerou, esta segunda-feira, na província do Bengo, que o Terminal Oceânico da Barra do Dande (TOBD) vai contribuir para a independência energética e consequente dinamização do desenvolvimento do país.
Ao intervir na cerimónia de inauguração do referido terminal, presidida pelo Presidente da República, João Lourenço, o governante sublinhou que a infra-estrutura do terminal oceânico, propriedade da Sonangol, tem um impacto socioeconómico relevante para o país, por se afigurar estratégica para o segmento “downstream” do sector de petróleo e gás.
Referiu que o TOBD foi erguido em cumprimento dos objectivos estabelecidos nos planos de Desenvolvimento Nacional (PDN) 2018-2022 e 2023-2027 e é parte importante da estratégia do Executivo que visa garantir a auto-suficiência nacional de produtos refinados, a qual inclui a construção de novas refinarias, instalações de armazenagem e postos de abastecimento de combustíveis.
Neste contexto, acrescentou, o terminal da Barra do Dante desempenhará um papel preponderante no reforço da segurança energética do país, à luz do Decreto Presencial nº. 218/19 e do Despacho Presencial 103/19, que estipulam a criação de reserva estratégica de segurança nacional e regulam a sua implementação, definindo os volumes e o tempo de autonomia por tipo de produtos.
Explicou que a infra-estrutura tem capacidade para armazenagem de 582 mil metros cúbicos de combustíveis líquidos e gasosos, que permitirá, em situação de crise, garantir autonomia de abastecimento a todo o país, por um período de 30 dias.
Por outro lado, Diamantino de Azevedo referenciou que Plano de Desenvolvimento Nacional 2023-2027 prevê que Angola tenha uma capacidade de armazenagem de combustíveis em terra de um milhão e 260 mil metros cúbicos.
Actualmente, pontualizou, o país dispõe de uma capacidade de armazenagem em terra de 676 mil metros cúbicos.
Segundo o governante, na fase de construção deste terminal foram gerados cerca de quatro mil empregos e para a sua operação serão necessários cerca de quatrocentos trabalhadores. O projecto é orçado em 642 milhões de dólares.
A par do seu objecto operacional, o TOBD vai promover negócios directos e indirectos para outras empresas nacionais, constituindo-se num factor dinamizador importante para a economia da província do Bengo, em particular, e para o país, de forma geral.
Na ocasião, o ministro reiterou a contínua aposta na melhoria de projectos e infra-estruturas do sector ao longo de toda a sua cadeia de valor, tendo apontado a construção das refinarias de Cabinda e do Lobito, para além da requalificação dos terminais oceânicos do Lobito e Namibe, a construção do oleoduto para abastecer o Aeroporto Internacional António Agostinho Neto e a edificação de uma instalação de armazenagem de combustíveis na Huíla.
Diamantino de Azevedo afirmou que, com esses projectos, se pretende garantir a criação de infra-estruturas que agreguem valor ao sector de forma sustentável, eficiente e rentável, em sinergia com outras iniciativas governamentais.
ANGOP