Perdoem-nos os que acham que racismo é um assunto “não assunto “. Para nós é um assunto de extrema importância e de dimensão mundial. Por isso Angola Viva volta à carga. Desta feita com enfoque para o último envolvimento de vulto da Federação Internacional de Futebol Associado-FIFA, nesta matéria.
Cansada, tal como todas as pessoas de bem, com os níveis crescentes dos escândalos e insultos racistas nos estádios de futebol, a FIFA adotou finalmente uma posição de tolerância zero contra tais comportamentos.
Depois do seu congresso de Bangoque/Tailandia, o comunicado oficial da entidade que rege o futebol mundial mostra de forma categórica que actos racistas não mais serão aceites nos campos e estádios da modalidade.
Para tal, aprovou um novo protocolo com várias regras para punir os que teimam em levar para os jogos de futebol os seus recalques racistas.
Neste quesito, destaque para o gesto específico criado para sinalizar e alertar o árbitro sobre algum comportamento racista. O gesto consiste em os jogadores levantarem os braços e em seguida cruzarem os pulsos. A partir daqui, o árbitro da partida tem as seguintes medidas para tomar.
A primeira tem a ver com a interrupção imediata do jogo e solicitar o anúncio público, através do sistema de som ou de vídeo, a alertar sobre o incidente racista.
Segunda medida, caso persista tal comportamento, o árbitro deve suspender temporariamente o jogo, com a retirada das equipas do campo.
Terceira, o encerramento da partida, se o comportamento racista continuar e em seguida declarar derrotada a equipa que estiver associada ao acto racista.
Ao longo dos 120 anos de existência da Federação Internacional de Futebol Associado, este é provavelmente o seu envolvimento mais avultado no que diz respeito ao combate aos casos de racismo nos jogos de futebol, envolvendo todas as suas 211 associações filiadas, espalhadas pelo mundo.
Tal como disse o presidente da FIFA, Gianni Infantino’ “o racismo é algo terrível. É um flagelo na nossa sociedade e está infiltrado também no futebol. Por muito tempo, não fomos capazes de enfrentá-lo de forma adequada. Agora chegou o momento de acabarmos o racismo no futebol uma vez por todas”.
Assim como temos estado a defender, a FIFA também inclui a educação nas medidas de combate ao racismo no futebol. De facto é importante investir em campanhas de consciencialização e educação para que os jogadores, os adeptos, as claques organizadas, enfim, os aficionados do desporto aprendam a amar o próximo, aprendam a ver no adversário desportivo apenas um semelhante da mesma raça, a raça humana, sem se importar com a cor da pele.
É preciso que sejamos todos apenas seres humanos e nada mais!