Uíge – Vandalizações de equipamentos de distribuição de energia eléctrica, durante o ano de 2024, na província do Uíge, causou prejuízos avaliados em 104 milhões de kwanzas à ENDE, revelou o director provincial desta empresa pública, Bruno Tomás.
Entre os meios destruídos nas vandalizações, destacam-se postos de transformação, armários de distribuição, redes primárias, entre outros equipamentos essenciais para a distribuição de electricidade à população.
Sem precisar números, Bruno Tomás, que falava à ANGOP, esta quarta-feira, disse apenas que os prejuízos, que vão além de gastos para a reposição do material destruído, superaram os do ano de 2023.
Explicou que num bairro onde foi vandalizado um equipamento eléctrico fica fora de serviço e, consequentemente, a ENDE deixa de vender o seu produto, cuja tarifa média é de 11.54 kwanzas, multiplicados por quilowatt/hora.
Além da vandalização, disse existir também danos na rede de distribuição, provocados, geralmente, por automobilistas (meios desgovernados).
A título de exemplo, disse que, em Dezembro de 2024, foram derrubados dois PTs no bairro Kindenuco, nos arredores da cidade do Uíge, cujos custos de recuperação foram avaliados em nove milhões de kwanzas. “Esse valor seria alocado em outras zonas de carência de expansão,” lamentou.
Explicou que, nestes casos, a ENDE procura reduzir sempre o tempo de indisponibilidade no fornecimento de energia eléctrica, visando uma melhor prestação de serviço.
Em relação ao volume de facturação da ENDE no Uíge, o responsável informou que se arrecada entre 164 a 175 milhões de kwanzas/mês.
Para a estabilização da facturação, considerou importante a contínua aposta na instalação de contadores, sendo que dos 50 mil clientes que a ENDE possui na região, apenas três mil e 500 possuem este sistema de pagamento.
ANGOP
