Menongue – A vice-governadora para o sector Político da província do Cubango, Social e Económico, Helena Chimena, afirmou, esta terça-feira, nesta cidade, que não há desenvolvimento económico sustentável sem um sector potencial agrícola forte, produtivo e competitivo.
A responsável falava na abertura do seminário de consulta pública para a elaboração da Estratégia Nacional de Reconversão dos Sistemas Agro-alimentares em Angola, estabelecidos para o período 2026-2035 sobre o sector potencial agrícola no país.
Na ocasião, disse que a revolução dos sistemas agro-alimentares representa uma oportunidade para aumentar a produtividade e gerar empregos.
Esta revolução, acrescentou, permite valorizar os saberes locais, fomentar a industrialização do campo, promover o crescimento inclusivo que beneficie todas as famílias angolanas e reforçar a justiça social, pois garante que os pequenos agricultores, as mulheres rurais, os jovens empreendedores e as comunidades tradicionais sejam escutadas e integradas no processo.
A responsável sublinhou que o país vive um momento determinante para a construção de um sistema agro-alimentar mais expressivo, resiliente e sustentável, tendo reafirmado o compromisso do governo com o desenvolvimento da agricultura em África, numa resposta a recente Cimeira da União Africana, onde os governos foram instados a implementar planos concretos que combatam a fome, a pobreza e a insegurança alimentar.
Lembrou que o país respondeu de forma firme e clara, com a aprovação da Estratégia Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional 2024-2035, cuja implementação exige a participação de todos os actores da sociedade, por via de consulta pública.
Considerou que este exercício representa um passo decisivo para garantir a Estratégia Nacional da Reconversão do Sistema Agrícola.
“Temos assistido com bastante preocupação à irregularidade dos fenómenos ambientais climáticos, que de modo geral tem afectado negativamente a prática sustentável da agricultura nas nossas comunidades”, salientou.
Disse trata-se de uma aposta extraordinária na resiliência do sector agrícola, que inclui a implementação de um Centro Regional de Adaptação do Controlo Climático, no município do Calai.
ANGOP