⁠Ouro angolano vale três vezes menos do que na África do Sul

Uma medalha de ouro para um esporte colectivo angolano nos Jogos Olímpicos de Paris vale três vezes menos em comparação ao de um adversário sul-africano e quase cinco vezes inferior ao de um concorrente brasileiro.

De acordo com a lei de premiação de 1996 em vigor em Angola, o prêmio dado a um atleta por uma conquista a um Campeonato do Mundo ou Jogos Olímpicos é de em torno de 12 mil dólares, equivalente em kwanza.

Já na África do Sul, em relação a uma medalha de ouro, os heróis receberão 38 mil dólares. O Brasil, adversário da seleção de Angola no torneio de andebol, por exemplo, é ainda mais generoso: pagará 50 mil dólares.

O próprio governo angolano reconhece a disparidade de valor em relação a outros países. Tanto assim que promete que a premiação no sistema desportivo nacional terá incremento considerável. Acena inclusive que, em alguns casos, será multiplicado por pelo menos sete vezes, estando próxima dos 100 mil dólares, equivalente em kwanza.

De acordo com o ministro da Juventude e Desportos, Rui Falcão, um estudo demonstra que a lei de premiação de 1996 está totalmente ultrapassada.

A expectativa é que os novos moldes de pagamento possam ser já aprovados em Conselho de Ministros sob pena de não constar no Orçamento Geral do Estado de 2025.

Falcão esclareceu que o decreto actualizado apenas será levado em conta assim que entrar em vigor. Ou seja, não vale para os atletas angolanos que forem medalhados em Paris e para todos os casos anteriores, que serão ainda resolvidos de acordo com o documento de 1996.

Segundo aquele dirigente, existe uma dívida com atletas de diversas modalidades desde 2009, próxima dos 3 milhões de dólares, equivalente em kwanzas.

Por enquanto, já carimbaram o passaporte para França atletas do andebol, judô, natação, vela, remo, boxe, atletismo e canoagem. No Jogos Olímpicos de Verão, em Tóquio, em 2021, Angola levou 20 atletas para competir em modalidades como judô, vela, atletismo, natação e andebol.

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