Cimeira EUA-África constitui expoente máximo da diplomacia económica de Angola

Menongue – A especialista em Relações Internacionais Marlene Mangala considerou, esta segunda-feira, que a realização da cimeira Estados Unidos da América (EUA)– África representa um marco da visão estratégica do Executivo no reposicionamento internacional e exercício da diplomacia económica.

Em declarações à ANGOP, sobre a 17ª edição do evento, a decorrer este mês, em Luanda, disse que a escolha de Angola como anfitriã não é apenas simbólica, mas representa um reconhecimento do progresso que o país tem vindo a alcançar ao nível da estabilidade macroeconómica.

Sinalizou, igualmente, o enganando do Executivo na promoção do investimento privado e do reposicionamento diplomático a nível continental e global.

A especialista, que acompanha de perto a evolução da diplomacia económica angolana, prognosticou que a cimeira poderá projectar Angola como uma nova plataforma de negócios e investimentos em África.

Marlene Mangala disse que a aposta do governo na diversificação das fontes de receitas nacionais tem sido sustentada por um modelo que privilegia o diálogo económico com os parceiros internacionais.

“Esta cimeira é mais uma expressão da diplomacia económica em acção. Através dela, Angola busca atrair investimentos em sectores estratégicos como agricultura, indústria, energia e tecnologias emergentes”, referiu.

Com a realização da Cimeira, disse, Angola afirma-se como um actor relevante e confiável nas dinâmicas de cooperação Sul-Norte e Sul-Sul.

Marlene Mangala elogiou a criação do Grupo de Trabalho Interministerial, coordenado pelo Ministro de Estado para a Coordenação Económica, como uma prova da seriedade com que o Executivo encara o evento.

Do ponto de vista económico, Marlene Mangala realçou que a cimeira poderá acelerar a integração de Angola nas cadeias globais de valor, sobretudo, nos sectores não petrolíferos, com oportunidades concretas de exportação, transferência de tecnologia e acesso a financiamento internacional.

“Este é o tipo de iniciativas que dão corpo à tão desejada diversificação económica”, observou.

Acrescentou que no plano regional, a cimeira poderá ainda reforçar o papel de Angola como mediador de interesses entre os países africanos e os Estados Unidos, criando

Marlene Mangala defendeu que o maior legado desta cimeira deve ser a consolidação de uma política externa assente em resultados tangíveis para o desenvolvimento sustentável do país, defendendo que a diplomacia económica deve continuar a ser uma ferramenta central da política externa angolana.

(ANGOP)

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