EFEMÉRIDE- Cabinda, 69 anos de cidade

Cabinda assinalou, no passado dia 28 de maio, 69 anos desde que ascendeu à categoria de cidade.

Cabinda, terra dos Bakongo Mangoio e Maloango, antes de ascender à cidade e adotar esse nome, era designada Porto Rico Vila Amélia ou simplesmente Palmar.

Para saudar a efeméride, além da tolerância de ponto observada na cidade, foram realizadas várias actividades comemorativas organizadas pelas autoridades locais.

Na verdade, tanto a data quanto as celebrações, hoje quase nada significam para a população de Cabinda, uma vez que tudo isso é superado de longe pela falta do essencial para a vida das famílias.

As marcas da fome, da falta de luz e de água potável em várias zonas da cidade, bem como outros serviços essenciais à vida, são mais fortes que as celebrações de “faz de conta”.

Cabinda completa 69 anos como cidade, mas população questiona comemorações em meio a crises de água, luz, fome e combustível.

As marcas negativas na semana das cosméticas celebrações estendem-se aos automobilistas que, devido à escassez de combustível na cidade, ficam horas a fio em longas filas, que interferem negativamente no seu dia laboral.

Essa intermitência no abastecimento de combustível já dura há anos, ao ponto de os automobilistas de Cabinda apelidarem-na de “abastecimento por audiência”.

A indignação dos munícipes cresce de tom quando colocam à mesa o facto de Cabinda ser a província angolana com maior produção petrolífera e, por essa via, a que mais contribui para engrossar os recursos do orçamento geral do Estado (OGE).

A falta de água potável constitui outra indignação popular. Depois de criado o projecto “água para todos”, desde 2023 que este líquido proporcionou o ar da sua graça apenas por alguns dias. Actualmente, as torneiras são simples figuras de estilo nos quintais.

O consumo de água imprópria associado à falta de saneamento do meio continuam a potenciar várias doenças no seio da população.

Todos os dias fala-se do combate à malária e à cólera, porém a recolhe do lixo junto das principais ruas e paragens demora bastante, obrigando os populares a recorrerem ao método de queima de resíduos sólidos, prejudicando mais ainda a já frágil saúde pública nesta circunscrição.

SC, em Cabinda

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