Malanje – O vice-governador de Malanje para o sector Político, Social e Económico, Franco Mufinda, anunciou hoje (domingo), nesta cidade, o reforço da merenda escolar pelo governo angolano para incentivar a permanência das crianças nas salas de aulas.
Sem avançar detalhes, o responsável precisou que outras acções como a construção de mais escolas, postos de saúde e pontos de água, constam das prioridades do Governo para atender as crianças, sobretudo as das comunidades e reforçar a merenda escolar.
Falando no acto antecipado de confraternização em alusão ao 16 de Junho, Dia da Criança Africana, Franco Mufinda referiu que o Governo está a trabalhar para resolver também a problemática do registo civil, acesso à alimentação e à habitação condigna, para que as famílias possam proporcionar bem-estar aos menores.
Precisou que apesar disso, muito há ainda por fazer pelas crianças e pela população, mas “os esforços não devem ser apenas do Estado, mas de toda a sociedade”, apontou.
Por sua vez, a chefe dos Serviços Provinciais do Instituto Nacional da Criança (INAC), Sara Domingos, reconheceu os esforços do Governo no apoio aos petizes, sobretudo aquelas acolhidas nos Lares e Orfanatos.
Exortou as crianças a denunciarem os actos de violência, por formas a ajudar as autoridades a banirem os mesmos, tendo em conta que casos do género se vêm registando frequentemente, numa altura em que a província regista cerca de 700 actos de exploração infantil, 120 de fuga à paternidade, entre muitos outros, inclusive de abuso sexual.
A madrinha das crianças de Malanje, Maria Nhunga apelou os petizes a dedicarem-se aos estudos, para garantirem o seu desenvolvimento intelectual e um futuro próspero da nação.
Realçou igualmente a necessidade do exercício dos deveres domésticos e do respeito aos adultos, bem como o compromisso do Governo de proporcionar condições sociais às crianças para cresçam com harmonia e em ambiente sadio.
O acto decorreu sob o lema “Municipalização dos 11 Compromissos – Criança Protegida, Nação Fortalecida” e culminou com a entrega de brinquedos.
O dia da criança africana assinala-se em memória a um grupo de crianças negras mortas a 16 de Junho de 1976, no bairro de Soweto, África do sul, por se recusarem a obrigatoriedade do ensino da língua affrikaans no currículo escolar, em detrimento da sua língua materna e por reivindicarem melhorias na qualidade do ensino. NC/PBC
ANGOP