Cuvango – A Fazenda Capunda, situada no município de Cuvango, província da Huíla, está a implementar, há oito anos, um programa de repovoamento da fauna selvagem e da flora, para tornar-se numa referência regional no que ao turismo de natureza diz respeito.
Iniciado em 2017, o projecto está ser implementado na Fazenda do Cuvango numa área total de 30 mil hectares e conta actualmente com mais de três mil animais selvagens, dentre os quais 14 espécies de grandes mamíferos, de onde consta a palanca vermelha, a zebra, girafa, orix, waterbuck, impalas e chitas.
Segundo o sub-gerente do projecto, Coragem Capolo, o objectivo é expandir o sistema de protecção nos 30 mil hectares, tornar o espaço numa das maiores reservas naturais privadas do país.
Afirmou que o seu modelo integra as comunidades locais, através da criação de postos de trabalho e da promoção de actividades económicas e ambientalmente sustentáveis, para, também, prevenir a caça ilegal dos animais em criação no território.
Na sexta-feira, o administrador do Cuvango, Luís Paulo Ndala, visitou o local e disse que com o projecto a jurisdição tem o potencial para se tornar um dos principais destinos de safari do país e é um sinal sistemático da preservação ambiental.
Acompanhado de 50 jovens, o administrador promoveu a primeira excursão turística que teve lugar naquela propriedade, no âmbito do fomento do turismo interno e valorização do património natural e cultural da região.
A excursão aconteceu no quadro das comemorações dos 50 anos de Independência Nacional, onde os participantes tiveram uma experiência única ao tomar contacto com os animais selvagens.
Luís Paulo Ndala sinalizou que a iniciativa visa criar estimular no seio dos jovens a consciência sobre a importância da preservação ambiental e do aproveitamento das valências naturais do Cuvango, bem como a sua maior divulgação.
“Queremos que a juventude do Cuvango e do país em geral conheça e valorize o que temos de bom, o turismo interno pode gerar emprego, movimentar a economia e fortalecer a nossa identidade cultural”, afirmou o gestor.
No Cuvango estão a emergir vários projectos do género, o outro é a Fazenda Mumba, com 90 mil hectares, onde estão a ser repostas algumas espécies selvagens e já se faz o turismo de safari, assim como a Agrikuvango, que para além da produção agrícola, fomenta a pesca.
ANGOP