Auxílio-desemprego nos EUA caem mais do que o esperado

WASHINGTON (Reuters) – O número de norte-americanos que entraram com novos pedidos de auxílio-desemprego caiu mais do que o esperado na semana passada, sugerindo que o mercado de trabalho seguiu resistente embora os riscos das tarifas estejam aumentando.

Os pedidos iniciais de auxílio-desemprego caíram em 13.000, para 228.000 em dado com ajuste sazonal, na semana encerrada em 3 de maio, informou o Departamento do Trabalho nesta quinta-feira. Economistas consultados pela Reuters previam 230.000 pedidos para a última semana.

O declínio anulou parte do impulso das férias escolares de primavera no estado de Nova York, que elevou os pedidos de auxílio-desemprego a um pico de dois meses. As tarifas do presidente Donald Trump, incluindo o aumento das taxas sobre as importações chinesas para 145%, azedaram a confiança das empresas e dos consumidores, aumentando a incerteza econômica.

Economistas afirmam que é apenas uma questão de tempo até que a fraqueza nas pesquisas com empresas e consumidores se espalhe para dados como pedidos de auxílio, inflação e relatórios de emprego.

Na quarta-feira, o Federal Reserve manteve sua taxa de juros de referência na faixa de 4,25% a 4,50%, com as autoridades do banco central dos EUA observando que “os riscos de desemprego e inflação mais altos aumentaram”.

O chair do Fed, Jerome Powell, disse a repórteres que “os aumentos de tarifas anunciados até agora foram significativamente maiores do que o previsto”, acrescentando que “se forem mantidos, é provável que gerem um aumento na inflação, desaceleração no crescimento econômico e aumento do desemprego”.

Trump vê as tarifas como uma ferramenta para aumentar a receita para compensar seus cortes de impostos prometidos e para reavivar uma base industrial dos EUA em declínio há muito tempo.

A relutância dos empregadores em dispensar trabalhadores depois de terem tido dificuldades para encontrar mão de obra durante e após a pandemia da Covid-19 é responsável pela maior parte da resiliência do mercado de trabalho. Algumas empresas mais expostas às tensões comerciais começaram a demitir funcionários, embora em pequena escala.

O aumento da incerteza econômica ampliou a hesitação das empresas em contratar mais trabalhadores, fazendo com que aqueles que perdem seus empregos passem por longos períodos de desemprego.

(Reportagem de Lucia Mutikani)

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